Geralmente, os pais tendem a confundir quantidade com qualidade na hora de preparar as refeições dos filhos e acabam se contentando em ver a garotada "raspando o prato". Existe uma grande diferença entre estar saciado e estar bem alimentado.
O grau de controle externo exercido pelos pais pode impedir que a criança aprenda sobre a sensação da fome e da saciedade, afetando o seu próprio controle de ingestão alimentar, resultando, assim, em alterações de seu peso. Resumindo, um controle restritivo e rígido por parte dos pais tende a prejudicar a capacidade da criança em se auto-regular. Inversamente, práticas de controle mais livres por parte dos pais promovem o desenvolvimento do amor-próprio e do autocontrole nas crianças.
A adequada introdução dos novos alimentos no primeiro ano de vida, com uma correta socialização alimentar a partir desse período, bem como a disponibilidade de variados alimentos saudáveis em ambiente familiar agradável, permite à criança iniciar a aquisição das preferências alimentares responsáveis pela determinação do seu padrão alimentar.
Veja algumas sugestões que poderão ajudar os pais na formação de bons hábitos alimentares em seus filhos:
1. Colocar pouca quantidade de comida no prato e garantir a repetição quando solicitada. Crianças nessa fase se adaptam melhor com pequenas porções de alimentos oferecidas várias vezes ao dia (5 a 6 refeições).
2. Manter um bom intervalo entre as refeições, dando tempo para que a criança sinta fome. Intervalos curtos geram recusas mais freqüentes, o que compromete a aceitação de determinados alimentos.
3. Evitar dar comida na boca. A criança deve participar ativamente do ato de comer.
4. Se um alimento é recusado, substituir por outro equivalente. Alguns dias depois, oferecer o alimento recusado novamente.
5. A criança tende à imitação: todas as atitudes de quem prepara e de quem oferece a refeição devem ser positivas e favoráveis para a formação de bons hábitos.
6. Não forçar a criança a comer nem utilizar a refeição como recompensa; essas práticas podem criar resistências difíceis de serem superadas.
7. Não facilitar o acesso a balas, doces e guloseimas.
8. Evitar alimentos gordurosos, açucarados e excessivamente temperados (exemplo: conservas e embutidos).
9. Observar se a recusa a alimentos vem de aspectos que não o sabor: temperatura elevada, cheiro desagradável ou forte, misturas de alimentos, temperos, tipo de corte etc.
10. Considerar causas normais de variações no apetite: maior ou menor grau de temperatura ambiental, maior ou menor atividade física, maior ou menor excitação psíquica, digestão mais rápida ou mais lenta da refeição anterior etc.
1 comentários:
Escrever comentáriosOtimas Dicas, gente é de criança que podemos ensinar os bons habitos oa nossos filhos, isso é muito importante.
ResponderEmoticonEmoticon